O Rio? É doce.
A Vale? Amarga.
Ai, antes fosse
Mais leve a carga.
II
Entre estatais
E multinacionais,
Quantos ais!
III
A dívida interna.
A dívida externa
A dívida eterna.
IV
Quantas toneladas exportamos
De ferro?
Quantas lágrimas disfarçamos
Sem berro?
("Lira Itabirana", Drummond, 1984)
E no meio dessa tragédia ambiental, a lira itabirana de 1984 do Drummond surge com um tom quase profético. O rio Doce amargou em terras onde a ambição fala mais alto do que qualquer outra coisa... 😢😞
Nenhum comentário:
Postar um comentário